sexta-feira, 22 de março de 2013

Remadas.


Remar na calmaria é bom,  contra a maré até dá, mas cansa!

Pois é, as vezes teima-se tanto em querer algo que não está nosso alcance ou que não quer ser alcançado, que deixamos de remar e vamos navegando conforme a maré.

Pode se passar muito tempo correndo atrás do objetivo, enfrentar anos a fio, chuvas e trovoadas, até envelhecer...Mas uma hora cansa.

Cansa, desestimula, perde a cor e o sabor.

O ser humano tem o dom de batalhar pelo que quer. Dia a dia comprova-se isso. Tanto na parte material como emocional.

Vem uma  tempestade que inunda e acaba com casas e vidas e pessoas vão e as reconstroem  no mesmo lugar até que um dia vão ter que desistir de insistir de ali ficar. Até então dão a cara para bater, claro que uns por teimosia outros por não ter opção, ou achar que não tem.

A teimosia ai gira em torno do material e do emocional. Remete às raízes e às lembranças.

E aí, minha gente, os  brasileiros dão de 10 à 0.

No percurso da vida as situações adversas vão batendo, batendo até que se que deixa rolar, parte para outra  ou se afunda de vez.

O emocional judia mais quando o amor está em jogo.

Alimenta-se sentimento e fantasias. Muitos enfrentam anos e anos buscando ser feliz, teimando em achar que vão ser feliz com aquele amor. E aí, quando acorda e vê que não alcança, cansa e entrega os pontos a dor vem rasgando a alma. Uns olham para o lado e outro até avistar outro porto. Outros se abandonam e vão flutuando sem emoção até que sua vida finda.

Triste. Acontece. Nem sempre o final é de novela aonde o mocinho e a mocinha casam e vão viver felizes para sempre.

É importante se dar chance, construir tijolo a tijolo sua história de vida. O amor se constrói dia a dia. A cumplicidade, a amizade, o carinho, a harmonia, a integridade, a honestidade, o respeito, a comunicação e a bondade são tijolinhos que tem que fazer parte da sua construção. Esta é a base para a felicidade e o amor. Praticar pequenos gestos e gentilezas, um sorriso, um afago, um abraço, perceber o que faz o outro feliz e o que o incomoda. Aí, as remadas no mar da vida vão ser tranquilas...

 

Sandra Lazzaris

 

 

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