Remar na calmaria é bom,
contra a maré até dá, mas cansa!
Pois é, as vezes teima-se tanto em querer algo que não está
nosso alcance ou que não quer ser alcançado, que deixamos de remar e vamos
navegando conforme a maré.
Pode se passar muito tempo correndo atrás do objetivo,
enfrentar anos a fio, chuvas e trovoadas, até envelhecer...Mas uma hora cansa.
Cansa, desestimula, perde a cor e o sabor.
O ser humano tem o dom de batalhar pelo que quer. Dia a dia
comprova-se isso. Tanto na parte material como emocional.
Vem uma tempestade
que inunda e acaba com casas e vidas e pessoas vão e as reconstroem no
mesmo lugar até que um dia vão ter que desistir de insistir de ali ficar. Até
então dão a cara para bater, claro que uns por teimosia outros por não ter
opção, ou achar que não tem.
A teimosia ai gira em torno do material e do emocional.
Remete às raízes e às lembranças.
E aí, minha gente, os
brasileiros dão de 10 à 0.
No percurso da vida as situações adversas vão batendo,
batendo até que se que deixa rolar, parte para outra ou se afunda de vez.
O emocional judia mais quando o amor está em jogo.
Alimenta-se sentimento e fantasias. Muitos enfrentam anos e
anos buscando ser feliz, teimando em achar que vão ser feliz com aquele amor. E
aí, quando acorda e vê que não alcança, cansa e entrega os pontos a dor vem
rasgando a alma. Uns olham para o lado e outro até avistar outro porto. Outros
se abandonam e vão flutuando sem emoção até que sua vida finda.
Triste. Acontece. Nem sempre o final é de novela aonde o
mocinho e a mocinha casam e vão viver felizes para sempre.
É importante se dar chance, construir tijolo a tijolo sua
história de vida. O amor se constrói dia a dia. A cumplicidade, a amizade, o
carinho, a harmonia, a integridade, a honestidade, o respeito, a comunicação e
a bondade são tijolinhos que tem que fazer parte da sua construção. Esta é a
base para a felicidade e o amor. Praticar pequenos gestos e gentilezas, um
sorriso, um afago, um abraço, perceber o que faz o outro feliz e o que o incomoda.
Aí, as remadas no mar da vida vão ser tranquilas...
Sandra Lazzaris
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