domingo, 29 de agosto de 2010

Camisa azul

Tempo de campanha política. De melhores técnicas mercadológicas aplicadas a favor de quem pode pagar mais.
As básicas, como camisa azul (credibilidade) todos tem acesso.
Fica bonito ver como a maioria segue.
São poucos segundos para atingir milhões...
Tudo vale. TUDO VALE????
Pois é este o show que se vê.Pouco se pode crer.
Mas mesmo assim as camisas azuis estão lá tentando nos fazer acreditar...

Sandra Lazzaris

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Brasileiro!

Hoje tenho que registrar minha tristeza com alguns brasileiros. São filhos do Brasil, moram no Brasil e não cuidam do que é do Brasil.

Tenho muitos exemplos que poderia citar. Mas vou abordar o vandalismo dentro das cidades. Basta este para ilustrar a falta de patriotismo e desconsideração com o lugar que acolhe estas pessoas.

Quando ia para o trabalho, 5:15 da manhã, me deparei com floreiras destruídas, com lixeiras de ferro arrancadas e jogadas no meio da rua. Estragos desnecessários. Degradação do patrimônio público e privado. Sem objetivo de roubo. Somente depredação.

Drogas? Apostas? Brincadeira? Nãoooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!

É desrespeito a si próprio, descaso com a sociedade, falta de nacionalismo, falta de humanidade, falta de identidade.

Recentemente voltei de um país vizinho, a Argentina, e fiquei impressionada com o cuidado que o povo tem com o que é seu. Com o orgulho de ter o que país tem, com os personagens famosos, com quem construiu a história e com o patrimônio maior que é sua cidadania.

Vi uma reportagem aonde um repórter criticava o técnico da última copa, dizendo que ele foi mera figura ilustrativa e que seria o entrevistado, o auxiliar técnico, a estrela do show e que por isso estava assumindo, agora, o lugar de técnico.

Surpresa positiva foi a resposta dada pelo entrevistado. Que ele em momento algum foi sozinho responsável pela boa campanha. Que o técnico tinha o poder a ele dado e que todos faziam parte de uma mesma equipe e que o mérito era de todos. Que o técnico tinha o valor merecido como tal e como jogador de destaque que foi naquela época.

Outra surpresa foi de ver pessoas que foram morar na rua, por causa da crise que o país passou ou por outra variável do destino, ficarem quietas no seu canto sem abordar as pessoas nas ruas ou pedindo em casas de comida. Claro que soube que já foi diferente no auge da crise quando tiveram que cercar suas praças para os monumentos históricos não ficarem sem as placas de bronze. Vi revirando o lixo a noite, como vejo aqui também. Não vi andando em bando, nem assaltando e nem coagindo para obter benefícios. Ficavam na deles, não importunavam e nem eram importunados. Não vi prédios, floreiras, lixeiras quebradas ou arrancadas e nem muitas pichações, como é praxe no Brasil.

Então, voltando a esta madrugada, o filme das lembranças da viagem passou na minha cabeça e não pude deixar de ficar mais decepcionada com meu povo, com meus irmãos de pátria, que sem rumo e identificação com nada, saem quebrando sua cidade e seu país, como se nada disso fizesse parte dele, de sua história.

Falta educação, informação, atitude, comprometimento, direção, política social verdadeira e exemplo.

Em nome disso peço que nas próximas eleições desponte alguém que possa dar exemplo construtivo, que dê orgulho ao povo, que permita que o brasileiro se torne BRASILEIRO.

Sandra Lazzaris 13/08/2010