sábado, 30 de março de 2013

Feliz Páscoa


Mais uma vez Páscoa.

Esta é 49ª Páscoa que vivencio. Cada uma trouxe à tona uma reflexão diferente sobre o renascimento e renovação.

Ano passado me ative a pensar e falar sobre o renascimento humano que deve ser edificado durante a existência, tirando lições das suas vivências.

Claro que quando era pequena só queria saber da festa e dos chocolates, mas a partir do momento que fiz a Primeira Comunhão pude perceber o sentido e a celebração da VIDA.

Este ano sabendo que hoje  aqui no Brasil, tirando os religiosos de carteirinha a celebração  virou mercado para  chocolates e frutos do mar  resolvi não colaborar com a indústria chocolateira e sim doar minha energia aos meus queridos.

Não que não tenha colocado doçura neste dia. Coloquei de modo especial. Fiz receitas de brigadeiros, temperando com toda minha energia  amorosa e com cuidado e carinho acondicionei em embalagens e fitas douradas, representando o Sol, o Ouro da Vida.

Creio que consegui atingir de modo sutil o objetivo de comemorar o Renascimento.

Neste ritual, passando minha energia aos doces, me senti  alegre e renascida. Saber que um pouco do meu amor estaria impregnado em cada doce a ser distribuído acabou me renovando como mãe, amiga e mulher.

E é com este espírito renovado que desejo à todos uma Feliz Páscoa, com muito amor, carinho e reflexão pessoal.

Sandra Lazzaris

sexta-feira, 22 de março de 2013

Remadas.


Remar na calmaria é bom,  contra a maré até dá, mas cansa!

Pois é, as vezes teima-se tanto em querer algo que não está nosso alcance ou que não quer ser alcançado, que deixamos de remar e vamos navegando conforme a maré.

Pode se passar muito tempo correndo atrás do objetivo, enfrentar anos a fio, chuvas e trovoadas, até envelhecer...Mas uma hora cansa.

Cansa, desestimula, perde a cor e o sabor.

O ser humano tem o dom de batalhar pelo que quer. Dia a dia comprova-se isso. Tanto na parte material como emocional.

Vem uma  tempestade que inunda e acaba com casas e vidas e pessoas vão e as reconstroem  no mesmo lugar até que um dia vão ter que desistir de insistir de ali ficar. Até então dão a cara para bater, claro que uns por teimosia outros por não ter opção, ou achar que não tem.

A teimosia ai gira em torno do material e do emocional. Remete às raízes e às lembranças.

E aí, minha gente, os  brasileiros dão de 10 à 0.

No percurso da vida as situações adversas vão batendo, batendo até que se que deixa rolar, parte para outra  ou se afunda de vez.

O emocional judia mais quando o amor está em jogo.

Alimenta-se sentimento e fantasias. Muitos enfrentam anos e anos buscando ser feliz, teimando em achar que vão ser feliz com aquele amor. E aí, quando acorda e vê que não alcança, cansa e entrega os pontos a dor vem rasgando a alma. Uns olham para o lado e outro até avistar outro porto. Outros se abandonam e vão flutuando sem emoção até que sua vida finda.

Triste. Acontece. Nem sempre o final é de novela aonde o mocinho e a mocinha casam e vão viver felizes para sempre.

É importante se dar chance, construir tijolo a tijolo sua história de vida. O amor se constrói dia a dia. A cumplicidade, a amizade, o carinho, a harmonia, a integridade, a honestidade, o respeito, a comunicação e a bondade são tijolinhos que tem que fazer parte da sua construção. Esta é a base para a felicidade e o amor. Praticar pequenos gestos e gentilezas, um sorriso, um afago, um abraço, perceber o que faz o outro feliz e o que o incomoda. Aí, as remadas no mar da vida vão ser tranquilas...

 

Sandra Lazzaris