sábado, 15 de dezembro de 2012

Festas


Festas de fim de ano. Correria. Balanço físico, financeiro  e de amor.

Sentimentos que afloram nesta época:  Agonia , sensação de impotência ante o final do ano, reconhecimento que tantas coisas foram feitas e muitas outras deixadas de lado por querer ou por não poder fazer,  culpa por não pronunciar  palavras e manifestar o  afeto   e atenção devido,  tristeza por não alcançar objetivos traçados. Enfim, sentimentos que nos proporcionam reflexões para poder acertar da próxima vez.

Mas vamos lá! Somos o povo do " jogo de cintura", acostumados a "sacudir a  poeira  e dar volta por cima".

Sim. "Começar de novo vai valer a pena"!Vamos à luta e à labuta.

Então que venha 2013. Que este ano traga muita alegria a todos. Que a paz comece a se fazer presente no dia a dia, que a desarmonia entre os povos fique para trás e que o amor frutifique.

Que o "ego" deixe de falar mais alto e dê espaço para a alma se pronunciar!

Boas Festas e um 2013 cheio de bênçãos.

Sandra Lazzaris

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Morro e não vejo tudo!

Lidar com o público é viciante. O dia a dia no balcão é cansativo sem dúvida, mas compensa pelo que você aprende dia a dia.

Tem cada caso inusitado que se presencia.

Esta semana mesmo, num mesmo dia, duas situações diferentes aconteceram.

A primeira, um cliente pede um cigarro solto, o que é normal, mais um palito de fósforo. Não queria uma caixa de fósforo, queria que vendesse um palito, o que não tem cabimento. No momento do pedido fiquei meio sem ação, mas depois sorri, expliquei que não tem como vender um palito e sim uma caixinha de fósforo e acabei cedendo um isqueiro para que ele acendesse o cigarro. Não sei se na cidade em que mora, provavelmente no interior de algum estado do Sul, pelo sotaque e simplicidade, acabam realizando este tipo de venda.

A outra, um rapaz com um chapéu de guarda-chuva entra e me oferece uma revista velha e pede em troca 3 bananas. Disse que era vegetariano, estava com fome e estava sendo maltratado na rua. Não parecia ser um morador de rua nem descompensado mentalmente. Era bem apessoado. Mas para evitar que o assunto se estendesse e sem saber que reação a pessoa poderia ter, rapidamente, disse que não ficaria com a revista mas daria uma banana com a condição dele sair rapidamente do meu estabelecimento.

Nas situações corriqueiras é mais fácil adotar uma conduta padrão, mas nos casos impensáveis você tem que ter jogo de cintura e correr contra o tempo.

Como ontem, antes de fechar o estabelecimento vi um senhor bêbado  sentado do outro lado da rua. E, quando fechei as portas, ele veio pedir para abrir. Não abri, pois vi que ele esperou eu fechar para chegar,perguntei através do vidro o que ele queria. Respondeu que queria comprar um cigarro. Disse que já havia encerrado, ele não saiu da porta, acabei pegando um cigarro solto, abri uma fresta e dei a ele, até ele quis pagar, não aceitei e pedi que saísse da porta, afinal eu tinha que soltar duas clientes que estavam finalizando suas compras. Preferi perder R$0,50 e me resguardar de algum problema maior.

O interessante de lidar com atendimento ao público é não se pode prever tudo o que vai acontecer, mas que você terá que resolver tudo o que aparecer.
Aí cabe a expressão : "Morro e não vejo tudo!"