quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

S.O.S

Simplesmente S.O.S.
Aonde estou? Para onde vou?
Corre aqui, vai para lá, trabalha, vence dias e dias ...
E, quando olha no espelho não se vê.
Cumpre tarefas, obrigações, come, levanta, dorme e repete, repete, repete e repete.
Chega Janeiro, Dezembro, muda ano, mais ano...
Quando se dá conta, vive e nem se vê.
Se depara com um espelho, olha no fundo dos olhos e não se encontra.
A juventude foi embora, o brilho, as cores (principalmente dos cabelos), a vivacidade da pele e por aí afora
Choque!
Aí se lembra que as vezes as costas doem, o alongamento judia, o cansaço toma conta e não tinha percebido as rugas.
Aos poucos vai se refazendo do choque inicial e tomando ciência que a juventude foi embora e deixou marcas.
A alma agitada grita por socorro.
Muitas vezes não tem escolha e precisa correr para continuar na roda viva e sobreviver.
Esquece do espelho, grava a lembrança que tem da imagem que gostava e segue...
O S.O.S fica solto ao vento e o corpo logo vai captar o pedido e vai fazer parar por um tempo, exigir que mude, vai insistir, chamar atenção é senão atendido para seu ciclo.
Socorra, mude ou morra.

Sandra Lazzaris



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