Engolindo em seco ou
engolindo seco, não sei bem direito a expressão, mas tanto faz, creio que todo
mundo entende o que quero dizer. Sim, é aquela sensação quando aperta a
garganta e a gente força para engolir.
Isso acontece em várias
oportunidades.
E, infelizmente tem
acontecido muito comigo!
Ora, por escutar diariamente
que o “Mundo é dos espertos” e ter que engolir e ficar quieta, mesmo que minha
crença espiritual e carnal não compactue com esta máxima. E o que tenho presenciando
ao meu redor, na política, na sociedade,
na mídia, em algumas ações governamentais e de algumas pessoas próximas
não me dão respaldo algum para bradar no
que acredito.
Isso tenho visto que também
vem sendo um comportamento repetido em várias outras esferas. Por exemplo, vem
sendo refletido nas relações afetivas efêmeras entre os jovens e até entre
adultos. O verdadeiro sentimento vem sendo deixado para segundo plano em favor
do imediatismo do prazer. Consumo imediato e descartável.
Pode ser que seja uma visão
unilateral, vista só sob meu ponto de vista. Mas vejam bem. Aonde passo a maior
parte do meu dia passam pessoas de todo tipo com todo tipo de comportamento e
histórias, sem falar das pessoas que convivo mais diretamente que tenho
oportunidade de observar e interagir.
Eu realmente procuro fazer a
diferença. Muitas vezes, com certeza sou vista como um “ET”, uma pessoa fora
deste mundo, uma pessoa pré-histórica. Não que eu seja uma “Madre Tereza” ou um
poço de virtudes. Não, somente pratico o que aprendi e acredito e discorro sobre
atitudes, atos de cidadania e respeito. Às vezes apenas peço que se ponham no
lugar das outras ou apenas que ouçam com atenção.
Por muitas vezes todo esforço
entra por um ouvido e sai por outro, quando entra!
Ando cansando, parece que a
geração do fone de ouvido, não só ela, tenho que admitir, realmente só quer
ouvir o último hit, mesmo que seja o tal “Ai se eu te pego” , levar vantagem em
tudo, ter prazer ser medir conseqüência e ganhar a qualquer preço...
Ainda tenho esperança. Não
sou de desistir tão fácil.
Vou continuar dando meus
“pitacos” aqui e ali.
Quanto as engolidas em seco
vou ter que aceitar, afinal faz parte da vida da gente enfrentar desafios,
lutar e se ajustar. Mas que não fico calada, não fico!
Sandra Lazzaris